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sábado, 1 de outubro de 2011

[WEB] Armadilhas do destino. parte 3

POV –Diego
 

Parece que foi ontem quando agente namorava... E por um momento tudo, tudo, voltou a minha mente. Agente namorando, agente brigando, eu e ela... senti meu coração disparar.
Mas logo disfarcei, porque eu já estava gaguejando. Percebi que ela me olhou de cima a baixo, e eu fiz o mesmo. Ela estava mais linda que antes.... os cabelos presos em um coque elegante pra trás, o vestido social, mas apertado... oque eu não daria pra tirar esse vestido... os seios estavam ligeiramente maiores.. e então ela sorriu, percebi que estava fazendo papel de bobo, então resolvi ser mais profissional também. Até porque, o corpo dela, os sorrisos dela... ela, tudo que um dia eu amei, agora é de outro... disfarcei esse pensamento com um sorriso. Afinal, eu tinha feito minhas escolhas e ela tinha feito as delas. E agora é isso. Ela se sentou na cadeira dela, e eu sentei na frente enquanto ela “arquivava a minha ficha” a mesa dela era transparente. Eu olhei pra baixo e vi ela cruzando as pernas...e que pernas... o vestido dela subiu um pouco, revelando as coxas perfeitas dela. Desviei o olhar antes que eu fizesse alguma
besteira. 
- E então... vai trabalhar aqui? Indicação de quem? – seu tom era descontraído. 
- Não te interessa. Eu vim aqui porque meu chefe... – eu comecei curto e grosso. De repente tinha lembrado oque aconteceu pra gente se separar. Ela me olhou aflita, por um momento achei... achei mesmo... que ela fosse se desculpar. Me enganei.
- Não é que EU queira saber, mas eu preciso pra colocar na minha ficha, seu grosso. – ela disse irritada. “Aff, a Roberta é tão geniosa.”

- Ok, senhor Oswaldo Brouch – eu disse em tom formal. Ela me olhou e riu, tampou a boca com mão pra que eu não percebesse, como se fosse possível. 
- Aquele senhor “que não é nada louco e muito simpático” ? – perguntou ela, quase inocentemente. 
- Sim, aquele senhor que é PAI do marido de certas pessoas. – alfinetei. – Dizem que é genético essa coisa de esquizofrenia... é verdade? 
Ela me olhou furiosa. Eu a olhei e sorri.
- É melhor que se casar com psicopata, suponho. – ela disse e eu senti uma pontada de ódio. Ela tinha razão e sabia disso.



POV –Roberta
Aff, Diego já estava me aborrecendo com aquele papo de Binho, porra, tenho que aguentar ele todos os dias e agora o Diego vem falar disso? TNC, né. Eu falei da Pilar, odiava ela, mas foda-se, os dois se merecem, que façam bom proveito. Ele me olhou com uma cara de desprezo.
- A Pilar é muito melhor que seu maridinho, ok? – disse ele se irritando e levantando. Atá, agora ele vai dar uma de fodão? Eu mato ele!
- Deve estar muito acostumado com ela pra falar isso ou então... muito infeliz, mas bem, vocês se merecem, dois idiotas... 
Parei de falar, ele tinha segurado meus pulsos. Comecei a ficar com medo, meu coração disparou. Ele me imprensou contra a parede. E o corpo dele estava tão perto e era tão quente... por uma momento esquecido tudo, até que escutei a voz dele, dizendo friamente:
- Acha que vou perder meu tempo te explicando que a Pilar é melhor que você e que aquele seu maridinho juntos? – aquilo me deu um ódio. Dei um tapa na cara dele. Ele me olhou com raiva. Mas eu não fiquei com medo, estava tremendo porque... é normal, eu sempre fico tremendo... 
-Aposto como meu “maridinho” dá de 10 a 0 na Pilar e em você. – eu disse maldosamente.
- Aé, Roberta? – ele me jogou em cima do sofá do meu escritório e ficou por cima de mim, estava pesado, mas me deixando estranhamente quente o jeito como ele me segurou lá. O olhei com raiva, tentando disfarçar o galope desenfreado do meu coração com insultos pra vadia da Pilar.
- Sai de cima de mim, seu idiota! Ta me confundindo com a VADIA da sua esposa? – eu perguntei, com grosseria. Ele me olhou e riu, um riso estranho, frio... não era como antes... 
- Não, e nem poderia. - ele disse. – Porque? Ta tão na seca que ta querendo - ele sussurrou no meu ouvido - ser a “vadia” da Pilar? 
- Como se eu fosse você. Ou aquela vaca. Me solta, Diego. Eu vou dar queixa de você... você vai..

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