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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

[WEB] Armadilhas do Destino - Parte 54

- Infelizmente sim, e é pra lá que estou indo. Sério que tem uma cabana lá?
- Nunca ouvi falar, cara. Mas é melhor você ir logo, essas bichas ficam sempre tentando parar o trânsito.... – eu ri, ummomento tenso daquele, deveria estar pensando na Roberta, mas eu provavelmente demoraria 5 horas pra chegar a esse ponto da cidade, sem o meu carro.
- Sabe aonde tem gasolina? O carro ta sem combustível.... – eu não conseguia parar de pensar na Roberta.... será que ela estaria bem? Ou eu vou chegar tarde demais? :/
- Tem, mas você vai ter que andar uns 2km, nem irá adiantar muito.... você vai estar quase lá.
- Cara, EU PRECISO MESMO, URGENTE, CHEGAR LÁ LOGO! SERÁ QUE NÃO PODE ME EMPRESTAR ESSA SUA MOTO ? EU TE DOU MEU CARRO! – eu gritei, desesperado.
- Mas.... o carro esta somente sem gasolina... - ele me lançou um olhar astuto – Não esta?
- Claro que esta. Mas eu não tenho tempo pra botar gasolina, preciso ir pra aquele maldita floresta agora!
- Tá, ok..... vou ficar com teu carro, se passar por aqui, agente desfaz a troca, entendido? 
- Ta tá..- falei impaciente, pegando a moto dele e acelerando no
 máximo, quase cai da moto, mas eu tinha muito equilíbrio.
{...}
Eu tinha impressão de que tava correndo a umas 4 horas, puta que pariu... essa droga não anda mais rápido?! Tava tudo escuro, ouvi um gincho de dor e depois um grito humano. Será que .... ? Parei no meio daquela estrada. Tinha um alce morto, o corpo sem cabeça, e sangue fresco no chão..... eu não queria olhar pra aquilo, mas não tinha ninguém a vista, ninguém pra quem perguntar e eu não vou mentir, aquela floresta estava me dando arrepios. 
- Ouviu alguma coisa, Tom? – perguntou uma que vinha de dentro de uma floresta. Porra, não é pos-sí-vel morar ali, e porque alguém iria querer?
- Oque você tá fazendo aqui? Ninguém passa por aqui a meses, e o último idiota que tentou acabou “desaparecido” .... mas eu sei que ele esta morto. – ele me olhou de um jeito sinistro.
- Eu tô procurando uma cabana que dizem que fica por aqui.... – eu disse com firmeza, embora um pouco inseguro sobre se deveria ou não confiar naquele senhor.
- A minha é a única.... a não, tem uma que é depois de uma cachoeira... Mas você não vai querer ir até lá.
- Ah, eu vou. Com certeza eu vou.
- Não seja idiota. Se tem amor a vida não vá.... você irá conhecer o por quê deste lugar ter má fama. - ele deu um sorriso banguela. 
- Eu vou. Me diz pra que lado é só isso.
- Hm, corajoso. – ele me fitou profundamente – tem mulher na parada, né? 
- A mulher da minha vida.
- São umas desgraçadas, todas elas. Se eu fosse você não perderia meu tempo, mas se esta tão desiludido da vida assim, é pra lá – ele apontou na direção mais escura. – andando a uns 15 metros encontrará uma cachoeira, depois um casebre, eu acho.... nunca mais o visitei. Eu nem vou dizer até mais, porque sei que você não vai voltar, enfim... a vida é sua.
- Obrigado, mas mesmo que eu não volte não interessa, há coisas mais importantes do que a minha vida em jogo. – agradeci e segui naquela direção, tinha um cheio bem silvestre, vários mosquitos, pensei ter ouvido o sibilo de uma cobra mais de 2 vezes. Sapos, rãs, parasitas, e outras coisas mais ... selvagens. Eu estava andando com as mãos na frente, era muito escuro, impossível saber aonde eu estava, as árvores cobriam tudo, quando finalmente ouvi uma cachoeira; graças a Deus, aquele velho não estava mentindo, por que se não eu nem ao menos saberia como voltar.

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