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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

[WEB] Armadilhas do Destino - Parte 55

- Oque você tá fazendo aqui? Ninguém passa por aqui a meses, e o último idiota que tentou acabou “desaparecido” .... mas eu sei que ele esta morto. – ele me olhou de um jeito sinistro.
- Eu tô procurando uma cabana que dizem que fica por aqui.... – eu disse com firmeza, embora um pouco inseguro sobre se deveria ou não confiar naquele senhor.
- A minha é a única.... a não, tem uma que é depois de uma cachoeira... Mas você não vai querer ir até lá.
- Ah, eu vou. Com certeza eu vou.
- Não seja idiota. Se tem amor a vida não vá.... você irá conhecer o por quê deste lugar ter má fama. - ele deu um sorriso banguela. 
- Eu vou. Me diz pra que lado é só isso.
- Hm, corajoso. – ele me fitou profundamente – tem mulher na parada, né? 
- A mulher da minha vida.
- São umas desgraçadas, todas elas. Se eu fosse você não perderia meu tempo, mas se esta tão desiludido da vida assim, é pra lá – ele apontou na direção mais escura. – andando a uns 15 metros encontrará uma cachoeira, depois um casebre, eu acho.... nunca mais o visitei. Eu nem vou dizer até mais, porque sei que você não vai voltar, enfim... a vida é sua.
- Obrigado, mas mesmo que eu não volte não interessa, há coisas mais importantes do que a minha vida em jogo. – agradeci e segui naquela direção, tinha um cheio bem silvestre, vários mosquitos, pensei ter ouvido o sibilo de uma cobra mais de 2 vezes. Sapos, rãs, parasitas, e outras coisas mais ... selvagens. Eu estava andando com as mãos na frente, era muito escuro, impossível saber aonde eu estava, as árvores cobriam tudo, quando finalmente ouvi uma cachoeira; graças a Deus, aquele velho não estava mentindo, por que se não eu nem ao menos saberia como voltar. 
Eu fui correndo pra cabana, tinha uma iluminação fraca, eu corria tão depressa que nem percebi uma coral que estava ali, a maldita me picou. Senti meu sangue molhar minha pele, e a cobra saiu rastejando, acho que pisei em cima dela.... Puta que pariu que dor desgraçada, eu não conseguia nem andar. Tomara que não tenha veneno, por favor que não tenha veneno, por favor que não tenha.... eu não parava de dizer em pensamento quando escutei a voz dela, a voz pela qual eu daria a minha vida. E estava ali pra isso.
- BINHO, PÁRA! NÃO ENCOSTA EM MIM!
- VOCÊ GOSTA, NÉ SUA SAFADA? E TA GRITANDO PORQUE? TA FORTINHA, É? VEM CÁ, QUE EU TE DOU OUTRO BOA NOTIE CINDERELLA, QUANTOS FOREM PRECISO PRA VOCÊ CALAR ESSA BOCA. JÁ MANDEI VOCÊ SÓ USAR ESSA COISA LINDA PRA ME CHUPAR.... – ele gritou de um jeito enlouquecido. Eu senti uma raiva descomunal, foda-se tudo, se é pra morrer, o Binho morre junto! Eu entrei praticamente me rastejando, mas consegui reunir força pra abrir a porta, talvez com uma força desnecessária, porque ela caiu no chão. Quero mais é que se foda mesmo. 
- LARGA.... ELA.... SEU FILHO DA PUTA... - eu disse com raiva, me atirando pra cima dele, ele me deu um murro na barriga, eu tentava socar com força cada parte do corpo daquele desgraçado, mas sentia minhas forças se esvaindo cada vez mais. A Roberta gritava meu nome, muito emocionada..
- Diego... – ele disse com um gemido fraquinho e olhou pra um lado de um jeito desesperado, eu senti o Binho me dando um chute muito forte na barriga e ao mesmo tempo, a picada de cobra fazendo efeito, acho... Tinha um revólver... eu dei uma virada pra lá e o murro do Binho atingiu o chão, ele estava descontrolado, se jogou em cima da Roberta.
- AGORA VOCÊ VAI VER OQUE EU E ELA ESTÁVAMOS FAZENDO ANTES DE VOCÊ CHEGAR! – ele disse e abriu as pernas da MINHA Roberta com violência, enfiando 3 dedos, ouvir ela gritar pra mim, perdi os últimos controles que me restavam. Peguei a arma e atirei, torcendo pra não errar o alvo, depois apaguei. A última coisa que eu ouvi foram gritos, e a última coisa que vi, sangue no lençol.

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